Jun./2016

 

OBS_1 – Este sítio apresenta-se em língua portuguesa – como a que se usava em Portugal e ainda hoje se usa em Angola e Moçambique, por exemplo. (Uma vénia e aplausos, se faz favor!)

OBS_2 – Qualquer desarmonia com a gramática portuguesa só pode ser gralha – o que será de desvalorizar porque um texto literário sem gralhas é como um céu sem pássaros!

OBS_3 – Sobre anomalias de outra natureza, pede-se a benevolência e propostas de correcção dos leitores, conforme endereço no final do texto que segue.

OBS_4 – Este sítio é gratuito (excepto para o seu titular). Evidentemente!

 

 

 

Bio-Bibliografia

 

 

Caixa de texto:   
JPC ao colo da mãe
José Manuel Pires Campaniço nasceu em Safara (Alentejo) aos 19 de Abril de 1954, tendo sido criado num Monte (da Aroeira) até à idade de entrar para a escola, o que talvez tenha marcado a sua personalidade, dotando-o de precoce maturidade e de um espírito empreendedor e insubmisso.

Com efeito, por um lado, estando habituado a lidar só com (trabalhadores) adultos, que usavam para com ele de virilidade leal e o instruíam [indevidamente] nos mistérios inconfessáveis, foi difícil a sua adaptação às infantilidades dos colegas, e, por outro, conhecendo apenas relações de igualdade e tolerância recíproca (e não tendo noção da indulgência que lhe concediam), encristava-se e tirava desforço dos Caixa de texto:  abusos dos maiores – por exemplo, se lhe pregavam um cachação, ele, no lugar de ficar derretido com o mimo como os outros, voltava-se de repente e vingava-se com um murro nas costas do agressor –, cujo sacrilégio inaudito só não tinha piores consequências porque beneficiava da protecção de uns primos-segundos bastante mais velhos, dois desses castiços rapazes do campo, bem encorpados, façanhudos e repetentes crónicos da 3ª classe.

Caixa de texto:  
JPC com 3 anos
(Em última instância, o que sucedeu foi que o autor saiu de um ambiente democrático [do Monte], onde primavam as relações fraternas e de paridade, para entrar no peculiar território da educação fascista, institucionalizada desde as primeiras letras, formada por uma pirâmide de inúmeros patamares de grandes [relativos], agredindo-se uns aos outros segundo a hierarquia etária e de classes e, no topo, a professora que batia em todos, com réguas e ponteiros oficiais, a qual, por sua vez, vivia no terror das inspecções escolares de surpresa.)

Seja como for, entrou e manteve na idade adulta esses defeitos, ou virtudes, conforme o observador, adquiridos no isolamento da educação rústica, continuando seduzido pelas antigas relações horizontais e crispando-se, ainda e sempre, com as recicladas prerrogativas classistas.

Caixa de texto:  
Liceu Nacional Diogo de Gouveia
Após a conclusão do Curso Geral dos Liceus, como aluno externo do Liceu Diogo de Gouveia, de Beja, sem conhecer o amargor de uma reprovação, aos 18 anos foi repórter desportivo dos jornais Época (onde publicou as primeiras crónicas na adolescência) e Jornal do Comércio, entrando depois para o Ministério das Finanças.

Como trabalhador-estudante, licenciou-se em Direito (Ciências Jurídico-Económicas) na Universidade Clássica de Lisboa, tendo exercido funções profissionais em Beja, Évora e Lisboa, encontrando-se actualmente colocado numa divisão distrital de Justiça Tributária.

Caixa de texto:  
Primeira obra publicada-1977
Caixa de texto:  
JPC nos anos 70
Publicou a primeira obra, centrado no Alentejo da reforma agrária, «Heróis da Planíce», em 1977, a que se seguiu, no ano imediato, o romance «Um Dia na Vida de José Mira», cujo tema é o processo de restituição das empresas nacionalizadas nos pós-25 de Abril. Deu ainda à estampa mais três ou quatro títulos (dos quais se destacam o romance O Rio do Medo e a recolha de poesia A Cítara Ardente) e depois, por razões não esclarecidas, remeteu-se ao silêncio durante 22 anos, apenas quebrado com a publicação de dois ensaios jurídicos, um dos quais premiado em concurso patrocinado por uma Secretaria de Estado. Entretanto, também arrebatou vários prémios em jogos florais, sob anonimato, promovidos por entidades diversas (autarquias, organizações sindicais, etc.), nas modalidades de conto e poesia.

Nos anos 80, foi sócio fundador da Associação de Novos Escritores do Sul e director do jornal literário O Cardo, editado por aquela em Beja. No mesmo período promoveu e organizou numerosos eventos culturais em localidades do Sul e mesmo em espaços rurais, como barragens, com a participação de grandes vultos das Letras e da Música, como Urbano Tavares Rodrigues, Manuel da Fonseca, Zeca Afonso, Vitorino, José Fanha, etc.

Na mesma altura e nos anos imediatos, assinou colaboração em mais de uma vintena de jornais e revistas (generalistas e jurídicas), como sejam:

Diário de Lisboa, Diário do Alentejo, Notícias do Sul, Extra, revista da Casa do Alentejo, Em Marcha, A Batalha, JL-Jornal de Letras e Artes (sob pseudónimo!), O Cardo, Vida Económica, Jornal Fiscal, etc.

Caixa de texto:  
Última obra publicada - 2014
Tem também uma arca, de metal vermelho, à prova de fogo, atafulhada de obras inéditas (designadamente romances), à espera de melhores dias, porque, em Portugal, como reza a sabedoria popular, quem não tem padrinhos não se baptiza.

Cidadão empenhado, por regra focando o presente que passa – como sucede com a Trilogia do Pesadelo em fase de publicação, e cujo Vol. II Mosquitos por cordas no Lodaçal decorre no momento da escrita, entre Jan. e Jun.-2014 –, descarta todos os credos e assume-se como o último moicano Existêncialista, em demanda do ponto de encontro entre o homem abandonado de Sartre e a memória reconstruída de Faulkner.

Solteiro, reside no Sul arraiano, tendo desertado de Lisboa, onde viveu 25 anos, para fugir a solicitações que o impediam de conceder a primazia à sua obra, a que se vem devotando, praticamente na clandestinidade, onde colhe muito orgulho e maior inspiração ancorado no conforto de que, como diz o adágio e o atesta a ciência, a água e o azeite não se misturam e a seu tempo este vem sempre ao cimo daquela. Bibliografia completa do autor:

 

 

Obras Literárias

Heróis da Planície, novela, 1977

Um Dia Na Vida de José Mira, romance, 1978

Viagem ao Império do Pensamento Burguês, ensaio, 1979

Retrato de Novembro, poesia, plaquette-1977 (fora do mercado)

                                    Ode aos Sapos, poesia, plaquette-1979 (f. do m.)

Urbano Tavares Rodrigues, Escritor da Fraternidade, ensaio, 1979

A Cítara Ardente, poesia, 1980

Mo(n)struário de (A)gosto, poesia visual, 1980 (f. do m.)

Trinta Poemas Pânicos, poesia, 1983 (f. do m.)

À l’ Ombre des Jeunes Monstres en Fleurs, poesia, Paris-1984 (f. do m.)

Miragem Mutilada, poesia, Paris/1984 (f. do m.)

O Rio do Medo, romance, 1992 (f. do m.)

Um Ano em Cheio - 365  contos digitais, contos, 2014

Mosquitos por Cordas no Lodaçal, um romance global, 215

Um Dia de Cada Vez, 7 novelas precárias (a publicar)

 

Jurídicas

Da Emancipação Jus-Laboral da Mulher, ensaio (II Prémio CITE –

Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego), 1997;

Regime Fiscal dos Donativos, ensaio, 2002;

Vários ensaios de direito fiscal publicados nos jornais

Vida Económica e Jornal Fiscal.

Antologias (incluído em)

Contos Premiados, 1984, Câmara Municipal da Figueira da Foz;

Poetas Alentejanos do Séc. XX, de F. Dias da Costa, 1984;

Poemas de Homenagem a Garcia Llorca, 1998, Universitária Editora;

Antologia da Poesia Erótica, de Paulo Cunha, 1999, Universitária Editora;

E o Céu Tão Baixo, de Manuel Silva Terra, 1999, Casa do Sul Editora.

OBS. – A expressão fora do mercado/f. do m.  significa que a divulgação das obras

não passou pelos circuitos livreiros.

 

NOTA insólita sobre um apelido invulgar

Caixa de texto:  O apelido Campaniço é um gentílico, que designa concretamente os naturais de uma zona do Alentejo chamada Campo Branco (por apresentar tal cor em vários períodos do ano, o que, aliás, se pode confirmar no mapa do Google, pesquisando Campo Branco), que abrange mormente os concelhos de Mértola e Castro Verde e parte de concelhos limítrofes.

Na mesma região também existe uma viola (campaniça) típica, artesanal, cuja caixa de ressonância forma dois círculos do mesmo tamanho, e também uma raça de ovelhas (campaniças, obviamente).

Daqui resulta que, embora os seus familiares estejam fixados em Safara desde há tanto tempo que se perdeu a conta, pelo menos a linha paterna do autor será originária daquela região, de que ele se enamorou desde a 1ª visita.

A gravura ao lado representa um «Campaniço, trabalhador rural do termo de Mértola», publicada na revista de Serpa «A Tradição», em Fev. de 1900, sem indicação do autor (deste e de vários outros Typos Populares, sic).

 

 

 

 

Para qualquer esclarecimento, comentário ou sugestões

 sobre a sua obra,

o autor está disponível no seguinte endereço:

 

escritor.jpc@gmail.com

 

 

 

 

 

Fotos do autor no seu ambiente

 

JPC no seu escritório

 

 

 

 

JPC na sala

 

JPC na sua cozinha tradicional

 

 

JPC na sua biblioteca

 

JPC no seu BMB (Boul´ Mich´ Bar)

 

 

JPC no seu alpendre a fabricar o portão que se vê

na foto a seguir, no seu quintal

 

 

 

 

Eu tenho 3 amores

 

É público e notório que JPC tem 3 amores: as fábulas Literárias, os enredos Jurídicos (se porventura não é tudo a mesma coisa!) e… as Motos com duas ou três rodas. Claro, com uma agenda tão sobrecarregada, não tem espaço para o ciúme e por isso aqui partilha, com os amantes da modalidade, algumas imagens da sua paixão motorizada:

 

 

A HOREX Regina 350 cc (de 1954), acidentada em 1975

que se encontra em fase de restauro

 

 

 

 

Na carrinha de JPC, entregue na oficina de Rui Godinho Unipessoal Ldª (Beja)

A seguir, imagens da moto desmontada

 

 

 

 

 

Uma nota cómica a colorir uma Administração Pública que é uma tristeza:

o maior problema do restauro talvez não seja voltar a montar a moto, mas sim… convencer o IMT que o veículo é real, porque este destruiu ou extraviou o processo material de registo/homologação da moto e agora diz que a moto não existe ! ! ! Embora os incréus achem que o livrete abaixo reproduzido ateste o contrário.

 

 

 

A URAL 650 Military (que equipou o Exército da ex-URSS

na II Guerra Mundial (pronta para as iscas!)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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